Muito além da construção, a sensação que o ambiente passa aos usuários e, principalmente, a sua funcionalidade no dia a dia tem muito a ver com a escolha dos móveis. O que você precisa saber para fazer as escolhas certas para cada ambiente?
Entenda o espaço disponível
Antes de mais nada, tire as medidas do ambiente para saber o tamanho e a quantidade de móveis que você pode usar para ter um ambiente funcional e agradável. É fundamental pensar nos fluxos: qual o percurso que as pessoas fazem ao entrar no ambiente? Para se deslocar para outros ambientes? E para usar este ambiente? Recomenda-se que as áreas de circulação principal do ambiente tenham pelo menos 90cm, e as passagens menos utilizadas (Por exemplo: lateral da cama, atrás da cadeira durante a refeição, etc.), 60cm.
O ideal é começar a pensar pelos móveis indispensáveis para o ambiente e ver a melhor disposição. Não tente colocar móveis demais, pois pode acabar com um ambiente apertado e pouco funcional.
Estilo dos ambientes
Olhe muitas referências e pense no estilo de decoração que mais gosta (Não sabe? Faça nosso teste e saiba qual estilo mais combina com você! http://arquiteia.com.br/go/quiz-estilo-decoracao/). Nenhuma regra de estilo precisa ser seguida à risca, mas é importante escolher a aparência que quer dar par sua casa antes de sair comprando móveis e objetos de decoração. Assim, o conjunto ficará harmônico e agradável. Monte ambientes que combinem entre si e, para cada um deles, escolha uma paleta de cores para seguir, sempre pensando no seu gosto e no que faz você se sentir bem dentro de casa.
Escolha uma paleta de cores para o seu ambiente.
Na dúvida, escolha um móvel que te agrade para expressar a personalidade daquele ambiente e depois escolha elementos mais neutros que combinem com ele. Compare amostras de materiais para escolher cores e acabamentos: colocar um ao lado do outro, de preferência sob a luz do dia, é sempre o ideal para não se arrepender depois!
Agora, se você quer um estilo mais marcante, mas não sabe se vai querer mantê-lo por muito tempo, a solução é investir em uma mobília mais clean e dar este toque ao ambiente através de objetos de decoração mais ousados, ou mesmo de pintura ou de papel de parede, que poderão ser substituídos depois de alguns anos.
Sala com papel de parede marcante, compondo com os acessórios.
Materiais dos móveis
Além do aspecto estético, do tamanho e da funcionalidade dos móveis, é preciso atentar à sua qualidade, para que possa escolher a melhor relação custo-benefício para cada situação.
A escolha do material do móvel pode variar conforme o estilo (por exemplo, um estilo industrial pode adotar móveis de aço, ou um estilo rústico sugere móveis de madeira maciça), mas também deve respeitar algumas condições técnicas.
Se você busca móveis de madeira maciça, saiba que terá que investir um pouco mais. Hoje a produção destes móveis é menos comum, devido ao seu custo e ao impacto ambiental gerado pela extração de alguns tipos de madeira. Para garantir o estilo rústico do móvel, uma boa opção é procurar peças usadas e reformadas, ou feitas com madeira de demolição. Para uma linha mais clean, você encontrará opções em madeira de reflorestamento. A madeira maciça também deverá ser a solução se os móveis de madeira forem usados no exterior (não se esqueça de tomar os devidos cuidados e fazer a manutenção adequada) e também para partes estruturais de móveis que recebem carga (como cadeiras, sofás, camas).
Já para ambientes planejados, marcenaria sob encomenda e armários, o mais comum hoje é uma combinação de MDF e MDP, que têm um preço mais acessível e atendem bem às áreas secas. Para ambientes com exposição à umidade, estes materiais devem receber revestimento em todas as faces e arestas, reduzindo o risco de infiltração de água, ou podem ser substituídos pelo compensado naval, com melhor resistência à umidade, mas um pouco mais caro. (Em breve, faremos um post com mais informações sobre estes materiais!)
Antes de comprar, teste os móveis: sente-se nas cadeiras, abra e feche portas e gavetas e observe a qualidade do acabamento. E, por fim, não se esqueça de perguntar sobre as garantias, o que dá um sinal da confiabilidade do fornecedor!
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Escrito por Marília Carraro | Arquiteia | www.arquiteia.com.br