Se você trabalha em uma empresa de tecnologia, já parou para pensar quantas mulheres trabalham diretamente com isso? Você já percebeu que a quantidade de homens é muito maior do que de mulheres nesse segmento? Já se perguntou porquê isso acontece?

Há um tempo li um artigo sobre a história da mulher na computação e achei várias informações interessantes, mas a que mais me chamou atenção foi esta imagem:

Quando vi isso, por mais que seja da área, não entendi porque tivemos um aumento significativo de mulheres e depois sofremos um decrescimento tão grande. Analisando o gráfico podemos perceber que algo grande aconteceu, pois impactou diretamente o público feminino por volta de 1984.

Ouvi um podcast muito interessante sobre esse gráfico e em uma parte eles contam a história de Patty Ordonez. Ela decidiu estudar Ciência da Computação e na sua primeira aula fez uma pergunta ao professor da aula, que respondeu:

“Você já deveria saber disso”

Então ela percebeu que haviam muitas pessoas que já sabiam muito mais do que ela, mas havia um rapaz que chamou sua atenção, ela o considerava um gênio. Foi então que ela descobriu que este aluno já tinha desenvolvido sua primeira aplicação em casa com 15 ou 16 anos. Foi então que entendi o principal motivo do declínio no gráfico, essa época ficou dividida entre quem tinha computador em casa e quem não tinha.

Infelizmente os primeiros computadores domésticos começaram a ser vendidos no âmbito masculino, tanto que em muitos filmes e propagandas via-se muito mais homens do que mulheres. Fatos como esses foram expulsando o público feminino da área.

Uma pesquisa da Universidade Carnegie Mellon concluiu que metade das mulheres que iniciaram o curso de Ciência da Computação acabavam abandonando. Quando a universidade criou um curso de introdução para estudantes que não possuíam muita experiência em informática em apenas cinco anos tiveram resultados positivos. Em 2000, 42 % dos estudantes de informática da Carnegie Mellon eram mulheres.

Se analisarmos a história e os números das mulheres na área não é muito animador, mas temos tantas que contribuíram para a história da computação, como por exemplo, Ada Lovelace, Hedy Lamarr, Grace Hopper e entre outras. Acredito que não podemos deixar de citá-las para lembrarmos da nossa participação e importância até hoje.

A Forbes em 2012 realizou uma pesquisa comparando a participação da mulher na área de STEM (Science, Technology, Engineering and Math):

Nós, mulheres, não estamos aqui para competir com ninguém, muito pelo contrário, estamos aqui para agregar e crescermos juntos.

Uma pesquisa de Harvard comprovou que equipes diversas são mais inteligentes, afirmando que empresas com diversidade étnica e racial podem aumentar seus retornos financeiros, pois pensam juntos sob diferentes perspectivas, com mais atenção e são mais inovadoras.

FONTE: https://medium.com